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GARAPUÁ E SEUS DIFERENCIAIS NO ARQUIPÉLAGO DE CAIRU



Além do belo recorte de sua enseada de águas mornas da ilha de Tinharé, Garapuá se mantém com aquele ar de isolamento que vemos nas ilhas de filme. É verdade e eu, quase um nativo de Tinharé/Boipeba, não sabia que Garapuá tem aspectos originais em relação às demais praias do arquipélago.

O que mais impressiona é a união dos moradores, unidos em torno da firme preservação ambiental desse lado de Tinharé. Os que lá vivem criaram regras de resistência ao turismo predatório e, por isso, se queixam de não serem bem assistidos pelo poder público.

Garapuá é a única localidade que não tem serviço de água da Embasa, por decisão da própria comunidade, por temerem que a obra e seus processos pudessem interferir no delicado ecossistema local.Tão delicado, que possui raridades mundiais, como o manguezal dentro da praia, formando um belíssimo santuário de espécies marinhas e de águas cristalinas, um cenário de filme.

Graças a esse cuidado, os moradores de Garapuá, boa parte de origem quilombola, se mantêm resistentes a investimentos turísticos que possam descaracterizar o equilíbrio do ecossistema local, onde são retiradas as mais saborosas lambretas da região, sustento das marisqueiras há várias gerações. Como também a extração de lagostas, polvos e demais pescados que abastecem a riquissima culinária local.

Preocupados em proteger os arrecifes de coral, onde estão as famosas piscinas naturais de Garapuá, os moradores têm se queixado da quantidade diária de barcos que trafegam até os bares flutuantes, mais de cem por dia mais movimentado. E ressaltam que esse tráfego é liberado pela Prefeitura de Cairu, pedindo atenção e providências.

Um presente que a gente se dá é ir para Garapuá. Exemplo de união pela continuidade da beleza original e gratidão ao que Deus criou.

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